Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pesadelos de dia

Minhas lembranças vêm à tona em todos os lugares ruins de viver,

Encolhido de dor no banheiro, parado de frente para a janela aberta, sentindo frio,

Quando os meus desejos crescem, e me fazer enlouquecer nos prazeres,

Vou cagando e andando, vendo tudo passar na tela da minha cabeça, e dói,

Tento botar fogo nos pesadelos, fumo um cigarro das merdas do dia-a-dia,

E vou injetando coisas bonitinhas, procurando criar memórias falsas, me irritando,

Me girando, tontura no meio do quarto, minhas coisas se encaixando de novo,

Uma luzinha, várias das minhas idéias brilhando por aí, eu nem sei mais,

Deitado na cama com pessoas feitas de travesseiros, falsos como minha educação,

Tudo ajeitado pelo chão, eu gosto como está! Por favor, me inventa uma música agora...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Morri aqui

Ensandecido aqui no meu cantinho, com mil imagens desagradáveis na cabeça,

Trocando de lugar com as putas tristes nas ruas, as que esboçam sorrisos amarelos,

Que querem ir para casa, que querem o dinheiro, que precisam, eu penso nelas,

Enquanto estou aqui na cama, ao lado de minhas imagens, vou enlouquecendo,

Na minha heroína pessoal, nas agulhadas na testa, vamos ver se passa a dor de cabeça,

Mas por enquanto vou contar coisas que me vem à cabeça, agora,

Estou lembrando dos detalhes e dos cheiros dos lugares por quais passei,

Nada me agradou, e nas minhas memórias só ficaram desgraças,

As banheiras de lama, lotadas de gente, ideal desperdiçado, prefiro a pederastia,

Onde me jogo, vou para o inferno com muito gosto, com os detentos e degenerados,

Lá tem cor, tem escuro, lá tem dor, e eu adoro dor, eu gosto de tudo na cara,

Por isso continuo imaginando a bosta no ventilador, sentindo ela no rosto, nojo,

Os mendigos são bons amigos, ex-gentes, tudo ignorado, todos no chão molhado,

E eu lá em espirito, quero coisas para me afastar do mundo, vou para o underground,

O filho de papai das trevas, burguês artista, favela lover, o que odeia a elite,

Mesmo tendo, de vez em quando, idéias um tanto direitistas,

Soldado, cafetão de textos afetados, efeminados, deprimidos, destrutivos,

Numa completa revolta contra tudo que anda, só quero os que se arrastam por ai,

No chão do meu corredor, na frente da TV, onde quer que seja, desde que seja louco,

Agulha na testa de novo, bebida espalhada por todo lado, a garrafa quebrou,

E foi na cabeça daquela menina ignóbil que veio me encher a paciência,

Vou me assassinar, eternamente revoltado, rebelde sem causa, cheio delas,

Como eu quero sair distribuindo, vejam a frase pelo lado bom e pelo malicioso,

Morri aqui.

Yellow Magic Orchestra


Vamos abrir um espaço para a música oriental! Resolvi falar aqui dessa que talvez seja a maior banda japonesa de todos os tempos, revolucionários na música eletrônica, o Yellow Magic Orchestra é de grande influência para muitos até os dias de hoje, ao lado dos alemães do Kraftwerk, foram os primeiros a abusar de sintetizadores e teclados, batidas e sonoridades que vão do eletrônico dançante e do techno até o ambient music e o pop rock. A banda é composta pelo baixista Haruomi Hosono, do baterista Yukihiro Takahashi e do genial Ryuichi Sakamoto, dono de um dos mais impressionantes teclados da história da música. O YMO - abreviatura comum do grupo - vai e vem desde seu início em 1977, pararam em 1983, voltaram em 1992-1993, apenas reuniram-se de novo dez anos depois, de 2002 até 2004, e quando parecia tudo acabado, estão aí de volta desde de 2007, sem prévio desligamento. Fora da banda, cada um dos integrantes trabalhou em obras solo, principalmente Sakamoto, que conseguiu grande prestigio como compositor para cinema, compôs trilhas como a de"Furyo" - no qual também atua - e ganhou um Oscar pelas composições para "O Último Imperador", filme de Bernardo Bertolucci.
Coloco aqui um exemplo da pura música eletrônica do inicio da banda, e outro de um dos momentos mais pop e deliciosos de se ouvir. Divirtam-se.

Rydeen


Kimi Ni Munekyun

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fluxo livre de pensamentos após um tempo

Solto palavras agora, pois me lembro que é bom escrevê-las,

Por muito fiquei quieto, abraçando coisas e achando estar bem,

Ainda sofro a solidão de olhar a tela da TV e sentir paixão pelo intocável,

Carrego comigo a vontade eterna de soltar as coisas por ai,

Deixando tudo desarrumado, como eu sou, desarrumado,

Pois minha visão interfere nos pensamentos morais de muita gente,

E a vontade do “Vão se foder!” não sai da minha cabeça e boca,

Pingando para fora todo momento, quero me abrir com delicadeza,

Sem medos, mas só tenho medos nessa vida até agora,

Quero olhar os sorrisos e explodir por dentro de tanto carinho,

Como sempre fiz por dentro, quero fazer por fora, sorrir,

Meus pontos de exclamação quero colocar com mais frequência,

Deixando para trás tantos três pontinhos, mas não me consigo nisso,

Solto esse fluxo livre de pensamento depois de tanto tempo inerte,

Mais uma vez inerte, só o que quero agora é poder soltar,

Exprimir ou viajar, adormecer no suave, sou feito de tanto agrado,

Sou completo em pensamento, escrevo poesias, poetizando meu dia,

Que normalmente não tem o que botar no lirismo,

Sou discreto, sou extravagante, sou calmo e irritado, agora mesmo,

Quero que tudo corra bem, pois eu ainda corro bem,

Continuo apaixonado por rostos de outros países através das telas,

Pois me vejo lotado de emoçõezinhas para jogar para o mundo,

Gosto de fazer isso, gosto de desfazer das pessoas ignorantes,

Desejo plenamente crescer mais do que já sou imenso,

Para poder continuar com meu fluxo de pensamento sobre tudo

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Na vida

Meus detalhes e manias vão se multiplicando enquanto o tempo passa,

Sinto as dores de todos os tempos, os sofrimentos de todas as guerras,

Canto as canções mais tristes, mesmo nos dias mais fáceis que passam,

Minha existência, mesmo que ladeada de alegrias, é feita de tristezas,

Mesmo com mil anos de idade, mesmo que tudo mude no mundo,

As coisas ridículas em mim vão permanecer, eu vou seguir desgastado,

Enquanto isso a chuva vai molhar a rua dezenas de vezes,

O anoitecer vai acontecer tantas vezes que será incontável,

E eu continuarei eternamente na fossa, cagando e andando para a vida,

Sorrindo bobamente e sem vontade, ouvindo as mesmas músicas,

E talvez algumas coisas novas que me pareçam interessantes,

Só para variar, só para não parecer antiquado, moderno até o fim,

Eu e o mundo que caiu, eu com Maysa e Angela Ro Ro, sofrendo pela casa,

Sem o álcool, mas com os remédios o tempo todo, vou me destruindo,

Para acabar na vida que os outros tiveram que suportar, mas sem ressurgir,

Até que um dia se lembrem de mim e me queiram entender.

Cantoras da nova geração da MPB

Nos últimos tempos, aqui no Brasil, vem aparecendo diversas cantoras talentosas no cenário independente e comercial, crescendo em suas carreiras e no sucesso. Estamos realmente numa fase de sorte para a música do nosso país, pois sob os artistas de grande sucesso e pouco talento, nos aparecem cantoras e compositoras muito especiais e a quem devemos prestar atenção. Deixo aqui uma pequena amostra de algumas delas, com suas músicas diferentes e agradáveis.

Mariana Aydar - Deixa o Verão


Tiê - Dois


Tulipa Ruiz - Efêmera


Karina Buhr - Eu Menti pra Você


Cibelle - London London (com Devandra Banhart)


Mallu Magalhães - J1


Céu - Cangote


Roberta Sá - Belo Estranho Dia de Amanhã


Maria Gadú - Bela Flor


E para finalizar uma dupla:

Marcelo Jeneci & Laura Lavieri - A Felicidade

domingo, 11 de setembro de 2011

Perfeição

Ocasionalmente me recordo de coisas leves em que vivia meus dias,

Suavemente, eu passava junto a minha imagem de adoração,

Dando sorrisos, pelos lugares quaisquer fossem, estou lembrando tudo,

Minhas coisas, tudo que me envolveu, as lágrimas pelas belezas,

Não aquelas para o sofrimento, eu escorregando pela rua,

A gente toda calma, ou então calmo apenas eu, chuva,

Meus sorrisinhos olhando para o céu, com gotas caídas no rosto,

Tanta coisa com minha pessoa do lado, antes do sono dolorido,

Eu espero voltar a viver dias assim, mas tão longe eles parecem estar,

Como se não fosse mais possível, os sorrisos acabaram,

A água não é mais agradável, não há mais possibilidade para perfeição.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Furyo - Em Nome da Honra, de Nagisa Oshima


A muito tempo não assistia um filme que me fizesse cair no choro compulsivamente; aconteceu noite passada quando assisti "Furyo - Em Nome da Honra" (Merry Christimas, Mr. Lawrence, no original), do genial diretor japonês Nagisa Oshima (do clássico de arte e erotismo "O Império dos Sentidos"), com a belíssima trilha sonora de Ryuichi Sakamoto, que também interpreta um dos personagens principais; o elenco conta ainda com Tom Conti, David Bowie e Takeshi Kitano.
Trata-se da história de um campo de prisioneiros ingleses em Java, comandados pelo exército japonês; Conti interpreta o Coronel John Lawrence, o único preso que fala japonês, e que tenta cultivar uma relação de paz entre os dois lados, ele sempre permanece próximo ao Sargento Hara (Kitano) e seu superior, o Capitão Yonoi (Sakamoto), porém vê tudo desmoronar vagarosamente com a chegada de Jack Celliers (Bowie), um Major que desperta um estranho sentimento em todos por ali. O mais afetado por Celliers é Yonoi, que permanece enfeitiçado pelo recém chegado durante todo o filme; Subintende-se na obra de Oshima, que a angústia sentida pelo personagem de Ryuichi Sakamoto é, na verdade, uma paixão platônica, que o muda bruscamente em vários sentidos, desde o primeiro momento em que encontra com Celliers; Oshima mostra, aí, sua genialidade e sensibilidade, em nenhum momento nos vemos de cara com um filme gay, mas estamos sempre de cara com o sentimento homo-afetivo ali presente, não são necessários muitos toques e nenhum beijo, para que o espectador sinta as mesmas dores que os personagens, quem vê o filme sabe exatamente como pensa Lawrence, ao notar tudo aquilo, encontra-se entre a indecisão e o entendimento, também sofremos com a profunda dor de Yonoi, que o corrompe até o último momento, nos encantamos com a mensagem de paz, amor e não guerra que Celliers passa em seus atos, chegamos até a nos divertir com as falas e faces engraçadas do Sargento Hana; o filme é perfeito, completo, aos meus olhos foi o sentimento na mais pura expressão, e ao relembrar o que vi, volto a me emocionar com as cenas impressionantes que explodem em sensibilidade; e peço que, ao assistirem, prestem atenção na chocante cena em que Celliers salva a vida de um homem, usando apenas seu amor para fazê-lo.

sábado, 27 de agosto de 2011

Mr. Flanders

Mr. Flanders, hello to you!

When you’ll invite me to have a nice dinner in your house?

It’s ok, I’ll not insist! But I have to say, now you’re looking like Mickey Mouse!

Mr. Flanders, I can see you!

Please, don’t runaway from me, I’m a real nice guy, believe it!

Every single day I wake up singing some old good song! Please, still believe it!

Mr. Flanders, I’m asking you:

Could you take me home? It’s late and I’m afraid, the world is bad!

Oh! How nice you are! Thank you, do you like some coffee, tea or my bed?

I am broking all the glasses in this place,

I can’t play now, but there is my bass,

I’m sure you have that guitar into the car,

So if you want, I’ll be glad to listen Whiskey Bar!

You’re reading all that Oscar Wilde things?

You’re still standing? Please sit and eat some… beans!?

You are awesome, I could say, but now I’m crazy! Ok?

So if you don’t mean to stay alone, I’ll go to sleep! Ok?

Oh, you will not could go away throw this door,

It’s close, everything is close here! Just don’t cry on my floor!

Oh, no! Don’t do that! You’re not this kind of men!

You’re a happy one! So laugh! Wright something, take this pen…

Mr. Flanders, are you here?

Oh, my god! He kills himself!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Anti-Pop

Em meio à solidão da poesia nesse mundo popularizado,

Vou me dar continuidade, estou me implodindo para que ouçam,

Meu bem, aonde fica o meu lugar entre essas bobagens?

Eu desejo tanto implantar minhas idéias na cabeça desse mundo,

Das pessoinhas que fazem greve contra a própria evolução

E esquecem da mais bela perfeição, a arte em meio a chamas,

Dando choques de prazer e conhecimento, em meio a mim,

Vocês precisam me ver, necessitam plenamente da minha mente,

Vocês vão saber o que é bom, então! Me digam o que dizer!

Eu quero que suas mentes cresçam junto a minha obra,

Minhas delicadezas sendo o mais forte exemplo da masculinidade,

Excluindo esses estigmas, os casamentos e as religiões,

Quando é que me dirão, também, como devo fazer as coisas?

Agora, apenas eu me ajudo a crescer no ideal, na vida!

Quero as pessoas que acreditam, mas não nas igrejas,

Quero as mulheres que finalmente queimam seus sutiãs,

Necessito da vida nova, da minha casa elevada a mil

E meu toca-discos ecoando em todas as casas do mundo,

Eu sei o que é bom, leia o que eu desejo para você ler,

Não me obrigue a detestar-te, eu só quero que iluminem a si mesmos,

Quando vão ignorar o vozeirão e abrir os ouvidos pros sussurros?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Forever the sea lions

Waking up in a city full of people, I can’t breathe well, I can’t breathe anyway,

But doesn’t matter anymore, I’m already buried in the monotony

And I’ll go to the same place I was yesterday, my days are all equal,

Just like any other day I go through the same park,

I pass by the Central Park, I pass by the ordinary people and we’re sad together

In the center of the universe, into this trees, this birds and this people.

Here I’m always crying, I’m so tired today!

In New York the beauty is crazy,

The eyes are the buildings, the heart it’s on the Broadway,

I’m lost between all this, and I sit here – in the park – to look the mermaids,

Because when I look right to the sea lions I can see my peace,

They’re dancing, they’re shinning, mixing my mind and vision,

Forever the sea lions, swimming here to there,

In these crazy feelings, they made me calm now, my day is new,

And I’m crying a lot, but in a completely different way

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Andy Warhol


Gênios vivem para sempre, eles nunca terminam, eles nunca morrem... Andy foi gênio em tudo, ele nunca será esquecido! Esta é minha pequena homenagem a um dos maiores artistas que já passaram pelo planeta.

sábado, 30 de julho de 2011

Um pequeno sonho juvenil

Sonhando como uma menina apaixonada, dançando no quarto,

Sorrindo para as paredes e berrando por bobagens,

Estática, observando de longe os outros

E desejando mudar mil coisas por todos os lugares,

Vou me agradando e desagradando alguns,

Abraçando amigos e mendigos, a mãe e a loucura,

Sem me importar com qualquer que seja o futuro,

Eu já não ligo para ele, vou pular na cama,

Colar fotografias nas paredes e ouvir música no máximo,

Milhares de enfeites, de coisinhas,

Maquiagem pela face, cabelo colorido e meus óculos escuros,

Me diga como fazer disso a realidade

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy Winehouse (1983-2011)


Não são necessárias muitas palavras para descrever os talentos dessa grande artista, mas podemos usar diversas, já que a amamos a flor da pele desde o primeiro momento em que nossos olhos caíram sobre sua face e nossos ouvidos colocaram-se a ouvir as incríveis canções que ela escreveu e cantou para nós. Amy era uma artista como poucos, um ícone para a nossa geração atual, a maior cantora do século 21, e é mais uma que nos deixa tão cedo. Neste sábado ela se juntou ao panteão de gênios que nos deixaram para ir ao outro lado, mas principalmente foi para encontrar um seleto grupo que se foi aos 27 anos, todos grandes ídolos, todos tatuados eternamente na história música, agora Amy Winehouse está ao lado de Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e, principalmente, o amaldiçoado Robert Johnson, que iniciou a dita "maldição dos 27", sina que matou e eternizou esses sete grandes nomes e muitos outros menos conhecidos. Podemos dizer agora que Amy durará para sempre, finalmente seu talento é plenamente reconhecido e esquecem-se as polêmicas e escândalos, neste momento ela é uma grande perda e será para sempre.
Estou devastado, Amy Winehouse era - com certeza - meu ídolo, posso dizer que, apesar de gostar tanto de tantos, apenas três artistas mudaram completamente minha vida, Cazuza, David Bowie e Amy. Dentre eles apenas Bowie continua vivo, perdi Cazuza antes mesmo de nascer, e agora perco Amy, ela que me fez mudar minhas opiniões, ela que me abriu os olhos para a música dos dias de hoje, ela que conseguia ser genial até nos atos escandalosos, uma mulher apaixonada, doce, inteligente e irônica, extremamente talentosa e que sucumbiu as drogas e ao álcool como fuga para sua terrível depressão. Amy, sua estrela nunca se apagará! Sentirei sua falta todos os dias, meu anjo...

"Quando vai embora,
O sol se põe.
Leva o dia embora, mas já sou adulta
e no seu próprio jeito,
no meu tom triste,
minhas lágrimas secam sozinhas..."
Amy Winehouse

domingo, 17 de julho de 2011

Your lonesome eyes

Your lonesome eyes keep shinning on my dreams

And I’ll never knows why you still looking to the ground

You’re the greatest person in this little big town

And will be always my darling, my crazy angel,

My fulltime love music, one of that Vermeer’s faces,

One of that Cohen’s songs, beautiful and sad,

Vulnerable and short, my gift to myself,

Forever underage, acting like a baby

And kissing me like that old hooker we have know

Long years ago, in Paris at night…

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Para ser comum

Na calma, olhando para o teto, com a luz no rosto

E uma musiquinha doce tocando por perto.

Quero ficar parado ali por horas, e horas a fio nem me mover,

Cantarolar junto e sentir a lâmpada iluminando minha face

Covardemente, fazendo-me sentir tão bem.

As canções estranhas combinam tanto com os cenários da minha vida,

Com os atores que interpretam por perto

E com as cenas em que eu estou próximo das câmeras,

Vou continuar escutando até meu corpo ceder

E eu cair dormindo, exaustão maravilhosa, sono bom,

Daqueles que quase nunca tenho.

Um livro na cama, eu durmo com tudo que gosto

E um filme passa na parede, acho que é tudo minha imaginação,

Porém gosto tanto, gosto tanto e não quero que suma,

Minha luz sobre meu corpo, minha cama sob o mesmo,

A musiquinha e as coisas por todos os lados,

Eu vou entrando calmamente nessa ilusão,

Para que um dia tudo pareça comum,

Pois não sou nunca comum para os outros...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nico, uma garota triste...


Musa suprema do underground, cantora de profundidade e sentimento, uma lenda que durará para sempre. A alemã Christa Päffgen começou sua carreira como modelo, fazendo sucesso por seu rosto incomum e os cabelos muito loiros, depois conheceu o artista plástico Andy Warhol e tornou-se atriz indispensável em seus filmes experimentais, em seguida Andy apresentou-a a Lou Reed e sua banda The Velvet Underground, da qual Nico participou apenas de um disco, porém lançou-a para a eternidade na história musical; cantou três faixas no álbum "The Velvet Underground & Nico" (até hoje seus maiores sucessos), lançou o disco "Chelsea Girl" logo depois, com canções de Reed, Bob Dylan, Jackson Browne e outros. Foi o início de uma carreira surpreendente, poética e ao mesmo tempo triste e desastrosa.
A partir dos anos 70 Nico viciou-se seriamente em drogas e mudou completamente sua aparência, a face doce e os cabelos loiros deram passagem a uma expressão dolorida e a cabelos negros; nesta mesma fase Nico aprendeu a tocar hamônio, um instrumento parecido com um órgão, mas que produz sons de acordeon, e começou a compor suas próprias músicas, mostrou-se uma letrista deprimida, completamente de acordo com a imagem que passava para o público. Os discos que fez nesta década e no início dos 80 são os mais complexos e intensos, digamos difíceis de escutar, mas que influenciaram dezenas de artistas, por exemplo Siousxie Sioux, Morrissey, Patti Smith e Björk.
Nico morreu em 18 de julho de 1988, vitima de um acidente em Ibiza, Espanha, quando ao ter um ataque cardíaco andando de bicicleta, caiu e bateu a cabeça; socorrida, foi diagnosticada erroneamente e morreu poucas horas depois. Deixou para trás apenas um filho, Ari, fruto de um rápido relacionamento com Alain Delon, e um legado único e maravilhoso, que será lembrado para sempre e ainda impressionará centenas de novos artistas.

sábado, 25 de junho de 2011

...Para sempre

Labirinto, redondo, minhas idéias confrontando umas as outras

E findando numa quietude incomum,

Cheio de palavras inutilizáveis para o dia-a-dia,

Como as que usei para o inicio do poema...

Estou observando umas coisas um tanto velhas

E sendo contaminado pelo saudosismo,

Sinto saudade de tanta coisa,

Algumas que até não vivi, mas que estão presentes em mim,

Como Chopin e George Sand, juntos alheios ao tempo,

A letra e a música da eternidade,

São os sons que ouvimos para sempre,

Que hão de tocar no fim do mundo...

Eu ainda os ouço nos cantos da minha casa,

Aonde estou escondido rabiscando minhas palavras

E recolhendo do mundo todas as belezas que me surgem,

Que já foram, que ficaram, que ainda virão,

As influencias da humanidade, todas as pessoas que deixaram delicadezas,

Tudo que um dia tocou no genial, que encostou no amor,

Que sussurrou no ouvido da musa e ditou-lhe poesia

E agora tatuou em mim a lembrança do que é bom...

Eu estou numa batalha comigo mesmo,

Mas as palavras difíceis continuam comigo

E continua comigo, também, todo o lirismo do que gostei...

Fico para sempre com o que é para sempre

sexta-feira, 17 de junho de 2011

As grandes canções da Broadway

A Broadway lançou musicais que marcaram nossas lembranças, que influenciaram gerações e ficaram para a história. Tomo então a liberdade de listar aqui as canções que mais nos tocaram e emocionaram, resumirei aqui as obras-primas lançadas por esses espetáculos e suas adaptações cinematográficas. Aqui está o TOP20 em vídeos:

20. "Rose's Turn" - Gypsy


19. "Aquarius" - Hair


18. "Tonight Quintet" - West Side Story


17. "Ease On Down The Road" - The Wiz


16. "The Worst Pies In London" - Sweeney Todd


15. "Take Me Or Leave Me" - Rent


14. "My Husband Makes Movies" - Nine


13. "As If We Never Said Goodbye" - Sunset Boulevard


12. "Superstar" - Jesus Christ Superstar


11. "All That Jazz" - Chicago


10. "Sweet Transvestite" - The Rocky Horror Show


09. "Defying Gravity" - Wicked


08. "And I Am Telling You I'm Not Going" - Dreamgirls


07. "The Sound Of Music" - The Sound Of Music
(sem video)


06. "I Dreamed A Dream" - Les Misérables


05. "Cabaret" - Cabaret


04. "Don't Cry For Me Argentina" - Evita


03. "Don't Rain On My Parede" - Funny Girl


02. "The Phantom Of The Opera" - The Phantom Of The Opera
(sem video)


01. "Memory" - Cats

terça-feira, 14 de junho de 2011

O punk enlouquecido da voz lírica e endiabrada de Nina Hagen


Depois de um tempo sem escrever nada além de poesia, retorno as minhas pequenas reportagens falando de um ícone do rock'n'roll feminino, uma artista de excentricidade incomparável (muito antes de Lady Gaga), Nina Hagen. A alemã de voz diferenciada e atitude imprevisível, ora podemos ouvi-la crendo ser uma cantora de ópera, porém logo em seguida notamos os berros típicos de uma 'punk rocker' sendo cuspidos pela imensa boca da roqueira e cobertos por seus olhares aterrorizantes e sua performance incontrolável no palco. Aqui no Brasil a conhecemos por seu histórico show no primeiro Rock in Rio e pela sua participação na música "Garota de Berlim" de Supla, com quem teve um rápido romance, e sua então banda Tokyo, mas há muito mais em Nina Hagen do que apenas isso, para mostrá-la à vocês coloco aqui o cover ao vivo de "Ziggy Stardust" de David Bowie. Aproveitem o rock.

sábado, 28 de maio de 2011

À mais bela menina que já passou nos meus dias

Por entre a neblina daquela manhã, eu pude ver os picos das montanhas lá fora,

Eu me mantive sério para resguardar a perfeição daquela imagem,

A paisagem mais bonita que eu jamais vi, delicada atração pelo céu

E maravilhosa brisa que me bate o rosto, lembrando meu mundo de imaginação,

As coisinhas que eu guardei sob o chapéu, sob os cabelos, sob minha alma,

Aquela visão que fito através da janela é quase idêntica ao rosto da mais bela menina,

Minha menina, personificação das belezas do mundo, só das intocadas,

Só as que você enxerga de longe e suspira cheio da mais real satisfação,

Essas sim, como as que vejo na neblina, são como ela, como meu anjo iluminado,

Que com seus cabelos longos enchem de luz a saleta escura do meu penar.


E ali está minha fotografia viva, continua como anteriormente era,

Uma imagem suprema da natureza viva em que vivemos, está bem aqui,

E ela não está, não a vejo por meus arredores a tanto tempo,

Tanto tempo que já quase começa a recomeçar o tempo,

Ela, com seus olhos de mar, e seu oceano de vida, ela não me pertence mais,

Porém na minha lembrança há de estar para todo o sempre, nos fins das vidas,

Nem lá hei de esquecer seu nome, seu rosto, seu andar desequilibrado,

Nem irei perder na memória a paisagem que me fez recordar sua vida,

Cada coisa ligada a ti permanece tatuada em meu ser,

Desde que te vi não sofro mais, mesmo estando longe de mim lhe sou grato.


Seu viver, seu viver,

Minhas portas sempre abertas,

Minha mente eternamente livre de dores,

Sua beleza, sua imortalidade,

Minhas pernas fraquejando novamente,

Minha vida se encaminhando,

Seus olhos, seus detalhes,

Meu sorriso que antes não aparecia,

Meus sonhos que nunca mais foram perturbados,

Sua agora inexistência, a falta que me faz,

Mas que não me dói, que não me faz chorar,

Se choro agora, é porque me recordo,

Porque me lembro do tão lindo olhar que ela lançava na vida,

Se choro é porque ela passou nos meus dias e me fez ver cores,

As lágrimas são agradecimentos, toda a emoção de lhe ter conhecido,

Seu viver, seu viver,

Minhas coisas, meus colares,

Minhas tranqueiras todas com seu perfume,

Estou para sempre aqui,

Ela me transformou e me trouxe suavidade,

Estou marcado para sempre.

domingo, 15 de maio de 2011

Felicidade ou não no meu canto do mundo

Eu segui essa rua, aonde eu fui parar? Meu canto do mundo,

Onde sinto-me aconchegado nos braços das minhas idéias

E onde sei que as coisas estão no lugar, no armário, no chão, por aí.

Meu sorrisinho que aparece aqui, meus sentimentos estranhos,

Eu caio aos pés do que houve, no meu canto do mundo,

Eu começo a sorrir novamente, os beijinhos se repetem,

Tudo misturado, eu me vi nessa rua de não sei onde

E o fim acontece a cada vez que eu pisco os olhos.

Felicidade, tristeza, sei lá o que, tudo por aqui,

Meus amores mentais que se multiplicam todo tempo,

Solidão, alegria, esse cantinho do mundo meu,

Como vai você que está por onde não estou? Eu vou,

Eu não fui tão longe assim, meus sonhos estão tão normais,

Às vezes eu ignoro as coisas que passam voando pela janela,

O furacão me transforma numa loucura sem sentido.

Agora minha bobagem é bobagem de todo mundo,

Meu canto virou canto de um grupo tão imenso, minhas faces,

Personas, personagens, emoções que me multiplicam

E agora minha liberdade está maquiada pela companhia dos outros,

Por favor, me sonha, meu instante sem pensamentos,

Eu vou seguir para um novo canto do mundo,

Meu lugarzinho bonito de ficar,

Minha insanidade enlouquecida e recheada de dor,

Dor essa que eu não conheço a origem, minhas coisas, minhas coisas,

Eu quero, e você? Que a mistura faça sentido, até faz,

Mas não há de fazer muito mais, eu ficarei tão bem, tão sozinho,

Tão encarregado das responsabilidades da tristeza.

Não sei, não vou continuar tentando...

domingo, 8 de maio de 2011

Que tem na face (Canção da mudança de mim)

Garotinhos ainda passam pela rua do mesmo jeito que antes,

Mas minhas memórias começam a se dissolver de um jeito bem diferente...

As coisas ainda estão nos mesmo lugares que estavam antes,

Mas meus pensamentos agora estudam objetos tão mais concretos...

Músicas quase iguais falam de amor quando ligo o rádio,

Mas minhas palavras nessas linhas agora contém um diferente tipo de desejo...

O sol ainda se levanta, ainda se põe e fica repetindo todo o tempo,

Mas eu não me ergo mais para nada, só fico, assim, bem quieto...


Minhas ruas, minhas casas, meu lugares e minhas moradas,

As mesmas de sempre, as bailarinas dançando nos meus filmes

E tanto amor a tocar no toca discos que mantenho mesmo tão velho...

O mundo resolve passear por aí e eu fico aonde estou,

Mesmo variando meu humor, o que costuma ficar comigo é a tristeza

E aquele tanto amor a tocar no toca discos e somente nele...


Coisinha, pequenina criança das grutas de solidão e dor,

Que está em seu peito, eu sei, você sofre a dor da pouca cor,

Que tem na face, que tem na face, que tem na face...

Pálida sensação de que perdi toda e qualquer flor,

Que tinha comigo as cores, que retocava a vida em quem tem face...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Enlatado no quarto

Preso no quarto com as paredes pegando fogo

E eu num espacinho pequeno entre um móvel e outro,

Com um papel na mão, com idéias fracas,

Tudo por aqui está esmigalhado

E com meninas dançando eu não presto atenção,

Deixo como esta por um momento de diversão irônica,

Sem saber que minha poesia vai se dissolver

Na vida e na festinha

E o que acabou em fogo vai renascer em luz,

Num sentimento brega que me invade,

Enlatado no quarto,

Enquanto tudo pega fogo de vários jeitos

sábado, 23 de abril de 2011

Amargo Regresso, de Hal Ashby (1978)


Volto ao blog depois de uma pequena temporada sem muitos posts. Escolhi para o retorno falar de um filme que me emocionou muito e emocionou a tantos mais, seus dois atores principais arrebataram Oscars nas categorias principais, ator e atriz, além do prêmio de melhor roteiro original. "Amargo Regresso", de Hal Ashby, com Jane Fonda e Jon Voight, é o que eu considero um bom exemplo de filme para atores, aquele tipo de cinema sem grandes pretensões, apenas contando uma história e deixando os atores livres para mostrar seus talentos, sejam cômicos, sejam dramáticos. O filme nos mostra uma mulher (Fonda) entre dois amores, seu marido (Bruce Dern), que está na guerra, e um velho amigo (Voight), que reencontra em um hospital para veteranos do Vietnã, paralítico e frustrado. Essa trama seria óbvia e manjada, não fossem as impressionantes interpretações de seus atores: Jon Voight está irreconhecível, doce, suave, longe da imagem que temos dele nos dias de hoje como pai de Angelina Jolie e protagonista de uma difícil relação com a mesma; Jane Fonda mostra um de seus mais potentes trabalhos no cinema, forte e emocionante, cheia de olhares e toques, tudo encaixado perfeitamente, sem exageros. Ladeando os protagonistas estão Bruce Dern e Penelope Milford em ótimas atuações, também indicadas ao Oscar.
O relacionamento dos personagens principais é de uma sensibilidade incomparável, levando o assunto repetitivo com leveza e nenhum tipo de clichê, talvez equipare-se apenas a "Pontes de Madison" e "Entre Dois Amores", filmes que também abordam o tema de um jeito bonito e delicado, melodramas exemplares, adoráveis, e que ficam na memória do espectador que se deixa levar pela emoção das pequenas coisas.
Aqui está a cena mais bela do filme, quando Jane Fonda e Jon Voight se despedem, sabendo que ela terá que voltar para o marido, que está voltando para casa. Eles se abraçam longamente sobre a cadeira de rodas, numa cena lindíssima.

domingo, 10 de abril de 2011

Eternamente

A gente nunca vai se perder da solidão,

Junto aos sorrisos ainda estarão as intimidades quietas,

Mas nunca vamos esquecer as delicadezas que tivemos juntos,

Os momentos divertidos, a explosão de purpurina

E os olhos, e os olhos e os olhos

De todos que passaram frente a nossa vida...

Eu vou sempre me lembrar dos carinhos que recebi,

Vou rever seus passos nas minhas lembranças,

Que terei para sempre, seja o que houver

E vou te encontrar de novo quando passar para o outro lado...

Existindo ou não eu encontrarei seu rosto de novo em algum lugar,

Aninhado por coisas bonitas parecidas com sonhos,

Colorido e com nossas músicas preferidas tocando ao fundo...

Eu nunca vou perder você de vista, nunca vou me desencontrar com você,

Eu nunca vou perder seus detalhes pelo mundo, nunca vou me esconder

E deixar-te para trás, eu vou ficar aqui na sua companhia

E com a solidão eterna por perto,

Mas sabendo que tenho sua candura ao meu redor,

Suas palavras que saem arrastadas e terminam em belas risadas...

domingo, 3 de abril de 2011

Conto de fadas interno

A princesa renasceu na madrugada de domingo

E meus momentos foram ficando mais lentos,

A poeira branca cobriu todos os móveis do meu quarto,

Eu nem via mais as fotografias antigas que ali tinha deixado.

Solidão das idéias, a última moradia dos meus demônios,

As palavras que se auto-escrevem no meu corpo,

Todas as loucuras dos meus dias de reinado

E de quando o chicote comandava meus movimentos.

Vossa alteza real desceu da torre e veio escrever novos mandamentos,

Enquanto eu me retorcia por não encontrar meus papéis,

Preso com os olhos na tela magnética e angustiado pela vida,

Eu nem sabia mais cantarolar minhas poesias,

Nem as danças que faziam chover, as coisas bonitas,

Eu esqueci a paz dos campos ingleses

E fui parar numa guerra civil comigo mesmo,

A princesa não quis ouvir nenhum não.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elizabeth Taylor, para sempre...


Um pequeno espaço aqui no blog para lembrar de Elizabeth Taylor, que hoje veio a falecer, deixando para trás dezenas de grandes atuações, muitos atos de amor a humanidade e uma beleza inconfundível que ficará para sempre em nossas lembranças. Liz ganhou dois Oscar por suas atuações em "Disque Butterfield 8" e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", papel pelo qual a atriz disse que gostaria de ser lembrada. Foi também a primeira atriz a ganhar um cachê de um milhão de dólares, por "Cleópatra", seu filme mais memorável, o rosto dela, hoje, é o rosto que vemos ao imaginar a imperatriz egípcia. Dentre seus filmes estão múltiplos clássicos do cinema: "Um Lugar ao Sol", "Assim Caminha a Humanidade", "Gata em Teto de Zinco Quente", "De Repente no Último Verão", "A Árvore da Vida", "A Megera Domada", "X, Y e Z", "O Pássaro Azul", "Quatro Destinos" e outros tantos. Foi amiga e colega de trabalho de diversos astros e estrelas, dentre eles James Dean, Paul Newman, Rex Harrison, Montgomery Clift, Michael Caine, Jane Fonda, Janet Leigh, Katherine Hepburn, Richard Burton, que foi seu grande amor e marido por duas vezes, Rock Hudson, por quem começou grande campanha contra a AIDS e Michael Jackson.
Elizabeth será lembrada por seus diversos talentos, por seu amor, sua bondade e seus lindos olhos cor de violeta. E como disse um de seus quatro filhos, o mundo é um lugar melhor por sua existência.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A época da purpurina descolorida

Aquela purpurina toda está perdendo a cor, está vendo?

Eu digo tantas vezes as coisas pobres que me passam na mente

E esqueço de jogar sob a luz minhas genialidades pessoais,

Aquelas coisas que raramente acontecem

E que de repente surgem na minha cabeça feito mágica.

O carnaval passou e tudo acalmou,

Olhe tudo aquilo, a sujeira no chão, a urina escorrendo,

Eu não consigo sentir o cheiro.

Será isso algo ruim? Na sociedade estranha

Isso tudo até faz parecer qualquer coisa

E não é, não é? Não sei, não quero mais saber...

Eu estou desperdiçando tempo colocando palavras juntas,

Nessas linhas dentro de um computador,

Parando com as coisas úteis da vida! Eu deixei um livro ali no canto!

Eu gostaria tanto que as coisas voltassem a ser como eram...

Talvez até antes da época em que a purpurina era purpurinada...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Vadiagem interna

No meio da noite sem ter o que fazer, revendo em minha mente minhas loucuras.

Maluco! Apenas maluco e cheio de vadiagem interna

E esperando que coisas caiam do céu, idiota e sem esperança das coisas,

Porém lotado de emoçõezinhas bobas,

Qualquer podridão, historinha de ninar, desvirtuamento de valores,

Estou lotado de coisas como essas.

O céu noturno pendendo lá em cima e as luzes do quarto acesas,

Comigo aqui, incansável, olhando a tela da TV sem ver nada,

Vou esperar sozinho até conseguir dormir,

Se for dormir, vou sonhar aquelas coisas enlouquecidas que passam nos meus sonhos.

Estou tentando variar os sentimentos, estou tempo demais calmo,

Que tal voltar ao enlouquecido estado em que vivi meus melhores momentos?

Vou tentar...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Jeff Buckley - Grace


Jeff Buckley já era filho de um grande compositor, Tim Buckley, muito antes de se tornar famoso e celebrado, e não viveu o suficiente para ver até onde seu sucesso chegaria. Pouco depois do lançamento de seu primeiro e único disco, Grace, Jeff se afogou num lago, após uma bebedeira com os amigos. A morte prematura com certeza nos privou de uma carreira brilhante que estava por vir, mas por outro lado nos fez notar a grandeza de suas canções naquele único trabalho que deixou para trás. Buckley foi um artista sensível, sempre com uma bela melancolia na voz e que, além disso, sabia como fazer sucesso, suas músicas unem o forte talento artístico com um ótimo apelo popular, que só um "hard-roqueiro" consegue. Jeff sofreu muito em vida por ser considerado mais bonito do que talentoso, porém já sabemos que isso não é verdade, entre todas as maravilhosas faixas do disco, estão duas muito especiais para o mundo da música, sua versão de "Hallelujah", de Leonard Cohen, a mais famosa até hoje, capta toda a poesia da letra do mais poderoso dos compositores do folk canadense, e a faixa-título "Grace", que soa como um apelo desesperado a tudo e qualquer coisa. Coloco ambas as músicas aqui, para agraciar os ouvidos de vocês.

Grace


Hallelujah

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Difícil, só um pouquinho

Eu disse que nunca mais seria o mesmo, nunca mais sou, nunca serei agora,

E tudo que é sutil nesse estado metódico das coisas até que me agrada.

Se uma pessoa comum ao meu dia-a-dia me enxergar por aqui

Dirá que estou ridículo, que larguei meu ideal, ideologias que conheci superficialmente

E que só me passam na cabeça quando estou discursando meu texto não profundo sobre como sou sensível ou era.

Manias um tanto sãs e outras um tanto doentias se confundem na minha depravação

Que alguns dizem ser normal, porém é insanidade pura e simples nesse poema de baixa literatura,

Eu já entendi minha profunda forma conservadora de pensar

E vi as coisas radicais e liberais se revisarem nas minhas idéias, se tornando mais fortes.

Eu deixei de ser aquele lá, nunca mais o sou, nunca serei nos dias que virão

E tenho que me conformar em ser um pouco difícil