Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Morri aqui

Ensandecido aqui no meu cantinho, com mil imagens desagradáveis na cabeça,

Trocando de lugar com as putas tristes nas ruas, as que esboçam sorrisos amarelos,

Que querem ir para casa, que querem o dinheiro, que precisam, eu penso nelas,

Enquanto estou aqui na cama, ao lado de minhas imagens, vou enlouquecendo,

Na minha heroína pessoal, nas agulhadas na testa, vamos ver se passa a dor de cabeça,

Mas por enquanto vou contar coisas que me vem à cabeça, agora,

Estou lembrando dos detalhes e dos cheiros dos lugares por quais passei,

Nada me agradou, e nas minhas memórias só ficaram desgraças,

As banheiras de lama, lotadas de gente, ideal desperdiçado, prefiro a pederastia,

Onde me jogo, vou para o inferno com muito gosto, com os detentos e degenerados,

Lá tem cor, tem escuro, lá tem dor, e eu adoro dor, eu gosto de tudo na cara,

Por isso continuo imaginando a bosta no ventilador, sentindo ela no rosto, nojo,

Os mendigos são bons amigos, ex-gentes, tudo ignorado, todos no chão molhado,

E eu lá em espirito, quero coisas para me afastar do mundo, vou para o underground,

O filho de papai das trevas, burguês artista, favela lover, o que odeia a elite,

Mesmo tendo, de vez em quando, idéias um tanto direitistas,

Soldado, cafetão de textos afetados, efeminados, deprimidos, destrutivos,

Numa completa revolta contra tudo que anda, só quero os que se arrastam por ai,

No chão do meu corredor, na frente da TV, onde quer que seja, desde que seja louco,

Agulha na testa de novo, bebida espalhada por todo lado, a garrafa quebrou,

E foi na cabeça daquela menina ignóbil que veio me encher a paciência,

Vou me assassinar, eternamente revoltado, rebelde sem causa, cheio delas,

Como eu quero sair distribuindo, vejam a frase pelo lado bom e pelo malicioso,

Morri aqui.

Yellow Magic Orchestra


Vamos abrir um espaço para a música oriental! Resolvi falar aqui dessa que talvez seja a maior banda japonesa de todos os tempos, revolucionários na música eletrônica, o Yellow Magic Orchestra é de grande influência para muitos até os dias de hoje, ao lado dos alemães do Kraftwerk, foram os primeiros a abusar de sintetizadores e teclados, batidas e sonoridades que vão do eletrônico dançante e do techno até o ambient music e o pop rock. A banda é composta pelo baixista Haruomi Hosono, do baterista Yukihiro Takahashi e do genial Ryuichi Sakamoto, dono de um dos mais impressionantes teclados da história da música. O YMO - abreviatura comum do grupo - vai e vem desde seu início em 1977, pararam em 1983, voltaram em 1992-1993, apenas reuniram-se de novo dez anos depois, de 2002 até 2004, e quando parecia tudo acabado, estão aí de volta desde de 2007, sem prévio desligamento. Fora da banda, cada um dos integrantes trabalhou em obras solo, principalmente Sakamoto, que conseguiu grande prestigio como compositor para cinema, compôs trilhas como a de"Furyo" - no qual também atua - e ganhou um Oscar pelas composições para "O Último Imperador", filme de Bernardo Bertolucci.
Coloco aqui um exemplo da pura música eletrônica do inicio da banda, e outro de um dos momentos mais pop e deliciosos de se ouvir. Divirtam-se.

Rydeen


Kimi Ni Munekyun

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fluxo livre de pensamentos após um tempo

Solto palavras agora, pois me lembro que é bom escrevê-las,

Por muito fiquei quieto, abraçando coisas e achando estar bem,

Ainda sofro a solidão de olhar a tela da TV e sentir paixão pelo intocável,

Carrego comigo a vontade eterna de soltar as coisas por ai,

Deixando tudo desarrumado, como eu sou, desarrumado,

Pois minha visão interfere nos pensamentos morais de muita gente,

E a vontade do “Vão se foder!” não sai da minha cabeça e boca,

Pingando para fora todo momento, quero me abrir com delicadeza,

Sem medos, mas só tenho medos nessa vida até agora,

Quero olhar os sorrisos e explodir por dentro de tanto carinho,

Como sempre fiz por dentro, quero fazer por fora, sorrir,

Meus pontos de exclamação quero colocar com mais frequência,

Deixando para trás tantos três pontinhos, mas não me consigo nisso,

Solto esse fluxo livre de pensamento depois de tanto tempo inerte,

Mais uma vez inerte, só o que quero agora é poder soltar,

Exprimir ou viajar, adormecer no suave, sou feito de tanto agrado,

Sou completo em pensamento, escrevo poesias, poetizando meu dia,

Que normalmente não tem o que botar no lirismo,

Sou discreto, sou extravagante, sou calmo e irritado, agora mesmo,

Quero que tudo corra bem, pois eu ainda corro bem,

Continuo apaixonado por rostos de outros países através das telas,

Pois me vejo lotado de emoçõezinhas para jogar para o mundo,

Gosto de fazer isso, gosto de desfazer das pessoas ignorantes,

Desejo plenamente crescer mais do que já sou imenso,

Para poder continuar com meu fluxo de pensamento sobre tudo