Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

sábado, 28 de maio de 2011

À mais bela menina que já passou nos meus dias

Por entre a neblina daquela manhã, eu pude ver os picos das montanhas lá fora,

Eu me mantive sério para resguardar a perfeição daquela imagem,

A paisagem mais bonita que eu jamais vi, delicada atração pelo céu

E maravilhosa brisa que me bate o rosto, lembrando meu mundo de imaginação,

As coisinhas que eu guardei sob o chapéu, sob os cabelos, sob minha alma,

Aquela visão que fito através da janela é quase idêntica ao rosto da mais bela menina,

Minha menina, personificação das belezas do mundo, só das intocadas,

Só as que você enxerga de longe e suspira cheio da mais real satisfação,

Essas sim, como as que vejo na neblina, são como ela, como meu anjo iluminado,

Que com seus cabelos longos enchem de luz a saleta escura do meu penar.


E ali está minha fotografia viva, continua como anteriormente era,

Uma imagem suprema da natureza viva em que vivemos, está bem aqui,

E ela não está, não a vejo por meus arredores a tanto tempo,

Tanto tempo que já quase começa a recomeçar o tempo,

Ela, com seus olhos de mar, e seu oceano de vida, ela não me pertence mais,

Porém na minha lembrança há de estar para todo o sempre, nos fins das vidas,

Nem lá hei de esquecer seu nome, seu rosto, seu andar desequilibrado,

Nem irei perder na memória a paisagem que me fez recordar sua vida,

Cada coisa ligada a ti permanece tatuada em meu ser,

Desde que te vi não sofro mais, mesmo estando longe de mim lhe sou grato.


Seu viver, seu viver,

Minhas portas sempre abertas,

Minha mente eternamente livre de dores,

Sua beleza, sua imortalidade,

Minhas pernas fraquejando novamente,

Minha vida se encaminhando,

Seus olhos, seus detalhes,

Meu sorriso que antes não aparecia,

Meus sonhos que nunca mais foram perturbados,

Sua agora inexistência, a falta que me faz,

Mas que não me dói, que não me faz chorar,

Se choro agora, é porque me recordo,

Porque me lembro do tão lindo olhar que ela lançava na vida,

Se choro é porque ela passou nos meus dias e me fez ver cores,

As lágrimas são agradecimentos, toda a emoção de lhe ter conhecido,

Seu viver, seu viver,

Minhas coisas, meus colares,

Minhas tranqueiras todas com seu perfume,

Estou para sempre aqui,

Ela me transformou e me trouxe suavidade,

Estou marcado para sempre.

domingo, 15 de maio de 2011

Felicidade ou não no meu canto do mundo

Eu segui essa rua, aonde eu fui parar? Meu canto do mundo,

Onde sinto-me aconchegado nos braços das minhas idéias

E onde sei que as coisas estão no lugar, no armário, no chão, por aí.

Meu sorrisinho que aparece aqui, meus sentimentos estranhos,

Eu caio aos pés do que houve, no meu canto do mundo,

Eu começo a sorrir novamente, os beijinhos se repetem,

Tudo misturado, eu me vi nessa rua de não sei onde

E o fim acontece a cada vez que eu pisco os olhos.

Felicidade, tristeza, sei lá o que, tudo por aqui,

Meus amores mentais que se multiplicam todo tempo,

Solidão, alegria, esse cantinho do mundo meu,

Como vai você que está por onde não estou? Eu vou,

Eu não fui tão longe assim, meus sonhos estão tão normais,

Às vezes eu ignoro as coisas que passam voando pela janela,

O furacão me transforma numa loucura sem sentido.

Agora minha bobagem é bobagem de todo mundo,

Meu canto virou canto de um grupo tão imenso, minhas faces,

Personas, personagens, emoções que me multiplicam

E agora minha liberdade está maquiada pela companhia dos outros,

Por favor, me sonha, meu instante sem pensamentos,

Eu vou seguir para um novo canto do mundo,

Meu lugarzinho bonito de ficar,

Minha insanidade enlouquecida e recheada de dor,

Dor essa que eu não conheço a origem, minhas coisas, minhas coisas,

Eu quero, e você? Que a mistura faça sentido, até faz,

Mas não há de fazer muito mais, eu ficarei tão bem, tão sozinho,

Tão encarregado das responsabilidades da tristeza.

Não sei, não vou continuar tentando...

domingo, 8 de maio de 2011

Que tem na face (Canção da mudança de mim)

Garotinhos ainda passam pela rua do mesmo jeito que antes,

Mas minhas memórias começam a se dissolver de um jeito bem diferente...

As coisas ainda estão nos mesmo lugares que estavam antes,

Mas meus pensamentos agora estudam objetos tão mais concretos...

Músicas quase iguais falam de amor quando ligo o rádio,

Mas minhas palavras nessas linhas agora contém um diferente tipo de desejo...

O sol ainda se levanta, ainda se põe e fica repetindo todo o tempo,

Mas eu não me ergo mais para nada, só fico, assim, bem quieto...


Minhas ruas, minhas casas, meu lugares e minhas moradas,

As mesmas de sempre, as bailarinas dançando nos meus filmes

E tanto amor a tocar no toca discos que mantenho mesmo tão velho...

O mundo resolve passear por aí e eu fico aonde estou,

Mesmo variando meu humor, o que costuma ficar comigo é a tristeza

E aquele tanto amor a tocar no toca discos e somente nele...


Coisinha, pequenina criança das grutas de solidão e dor,

Que está em seu peito, eu sei, você sofre a dor da pouca cor,

Que tem na face, que tem na face, que tem na face...

Pálida sensação de que perdi toda e qualquer flor,

Que tinha comigo as cores, que retocava a vida em quem tem face...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Enlatado no quarto

Preso no quarto com as paredes pegando fogo

E eu num espacinho pequeno entre um móvel e outro,

Com um papel na mão, com idéias fracas,

Tudo por aqui está esmigalhado

E com meninas dançando eu não presto atenção,

Deixo como esta por um momento de diversão irônica,

Sem saber que minha poesia vai se dissolver

Na vida e na festinha

E o que acabou em fogo vai renascer em luz,

Num sentimento brega que me invade,

Enlatado no quarto,

Enquanto tudo pega fogo de vários jeitos