Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

domingo, 26 de setembro de 2010

O lado selvagem da moda...


Para os que acham que Kate Moss é o que existe de mais louco no mundo da moda, nada sabem. Tudo começou com Gia Carangi, ou simplesmente Gia, como era conhecida. A primeira super-modelo americana, talvez o segundo maior nome dentre todas as deusas do mundo da moda, só é menos conhecida do que Twiggy. Gia foi um ícone com os mesmos atributos dos roqueiros e dos astros exagerados do cinema hollywoodiano. Viciada em drogas, homossexual, adorada por estilistas e fotógrafos, dentro de uma vida mais parecida com um furacão do que com qualquer outra coisa. Morreu cedo, aos 26 anos, vítima da AIDS, uma das primeiras celebridades a sofrer da doença, deixando para trás apenas sua personalidade estampada nas fotografias, seu olhar muitas vezes inexpressivo, muitas vezes cheio de vida, sempre alterados pela quantidade de drogas que havia utilizado. Porém para quem a conhecia, Gia era muito mais do que a selvagem personagem pela que era conhecida, ela era uma moça frágil e deprimida, sempre necessitada de alguém em que se agarrar. Assim foi com Sandy Linter, famosa maquiadora, com quem teve um relacionamento intenso e inconstante, sempre ladeado da forte necessidade que Gia tinha de ser amada, de pertencer a alguém.
Anos depois foi lembrada numa cinebiografia, interpretada pela atriz Angelina Jolie, outra personalidade de tamanha força. Coloco abaixo a frase que mais a exemplifica, frase esta usada como subtítulo para o filme.


"Linda demais para morrer, selvagem demais para viver"

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Carniça

Assim que as coisas andaram, eu resolvi estacionar

Agora que esta tudo bem, eu estou tentando fazer regredir

Eu sempre dificulto as coisas que eu faço

Quero sempre piorar os caminhos que tenho que usar

É meu sentimento masoquista tomando conta de mim

Me machuco e vou adorando todo o tempo,

Chicoteando minhas costas que já são fracas,

Talvez para tentar ser mais forte

Para ser mais forte eu tenho que passar trinta vezes pela mesma coisa

E virar carniça no meio da estrada

Fedendo a gato morto

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Angela Rô Rô


Uma artista de incrível talento e completamente renegada pela música brasileira. Surgiu para o público em 1979 (o ano das cantoras), seu primeiro disco imortalizou seu único grande hit, "Amor, meu grande amor", canção conhecida por todos, porém de uma artista esquecida pela maioria. Angela, homossexual assumida e sempre envolvida em escândalos, acabou ficando mais famosa por sua vida desregrada do que por seu trabalho musical. Cantora de voz grave, pianista e compositora, sempre se jogou nas próprias canções, falando de si mesma abertamente, sem medos, mostrando para todos sua sexualidade, seus problemas com drogas e álcool e sua visão melancólica da vida. Ao ouvir sua música nos transportamos para sua realidade inconstante, difícil de agüentar. Sua obra foi muito admirada por artistas como Cazuza e Luiz Melodia.
Com a entrada dos anos 2000, Angela apareceu completamente mudada, livre dos vícios, magra (outro de seus problemas foi o peso), porém com seu talento intacto e seu humor cheio de ironias mais forte do que nunca. Angela Rô Rô é uma artista que eu indico para quem quiser ouvir boa música. Para quem quiser adentrar mais em sua obra, eu indico as músicas: "Mares da Espanha", "Só nos resta viver", "Came e Case" e "Escândalo", além de seu maior sucesso já citado acima.

sábado, 18 de setembro de 2010

Um sol nascente eternamente nascendo

O sol nasce vagaroso e eu vejo pela fresta da janela,

Ele é tão delicado essa hora da manhã

E eu me sinto numa paz tão improvável e incomum,

Cheia de calma transbordando de mim

Vai cobrindo aqueles sentimentos ruins que eu vinha cultivando

E não há mais espaço para memórias sujas,

Palavras mal colocadas e sorrisinhos fora de hora

O dia clareando pouco a pouco e eu aqui no quarto,

Desejando um pouco de música para me incentivar a levantar,

Mas agora eu nem quero dançar, eu quero dormir

E ir sonhar com mais momentos bonitinhos,

Eu já nem sei onde está a minha realidade,

Pois é mais que alternativa e fica repleta de soluções,

Soluções para as guerras do mundo e os conflitos,

Contra os preconceitos e todas as coisas más da humanidade

Eu quero um sol nascente eternamente nascendo

Para me fazer ter esse sono levemente se aproximando,

De um jeito gostoso de sentir, que vai me levando

E me retirando do meu costumeiro buraco negro de melancolia

Eu preciso subir essas escadas para perto do céu,

Lá a luz é mais doce e não queima meus olhos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Iggy & The Stooges

Iggy Pop praticamente criou o Punk Rock. Junto com o The Stooges, Iggy foi completamente incompreendido, seu jeito frenético de cantar e sua nudez no palco chocavam a todos, desde fãs até críticos. Mas quando David Bowie os viu tocando resolveu ajudá-los, o mesmo já estava em ascensão musical, fazendo sucesso com seu personagem Ziggy Stardust. Depois de alguns primeiros álbuns com poucas vendas e apenas alguns poucos seguidores, os Stooges lançaram seu disco "Raw Power" e colocaram o nome do vocalista a frente da banda, tornaram-se Iggy & The Stooges, e finalmente foram aclamados. Críticos adoraram, fãs ficaram fascinados e daí para a criação de bandas como Ramones, The Clash e Sex Pistols foi um pulo. Tristemente os Stooges acabaram em seguida, mas Iggy seguiu em uma brilhante carreira solo. O hit "Search & Destroy" faz sucesso até hoje e Iggy Pop se tornou um dos maiores ícones da história do rock. Abaixo coloco um vídeo de uma apresentação de Iggy atualmente, sempre acompanhado de sua falta de camisas.

Que dó

Às vezes o celular tocava com uma música alta

Eu procurava faces, rostos, imagens com sua pauta

Mas no final eram mil outras pessoas, só sentia era falta

Não sabia no que mais pensar, no que me concentrar

Nem filmes do Bertolucci me faziam parar de sonhar

Saía para caminhar sem entender e sem nada para amar

A rua tinha seu ar azul escuro, cheio de sombras

Eu queria fugir do que me fazia lembrar e ter câimbras

Dizia xingamentos e palavras românticas, todas, ambas

Na verdade nada era nada, eu era só

Na verdade nada era tudo, eu era um nó

Sofrendo a falta do que não tive, que dó

O que me faltava era uma força para dizer verdades

Correr mundo, sair por aí, conhecer novas cidades

Eu continuava agarrado a velhos amores e calamidades

Na verdade nada era nada, eu era só

Na verdade nada era tudo, eu era um nó

Sofrendo a falta do que não tive, que dó

domingo, 12 de setembro de 2010

Com dor

E agora? Não vou me matar,

Vou continuar com lágrima e soluços

Eu me desatino, me tiro do ritmo, gosto de não agüentar

Eu procuro sempre cair na depressão,

Pois deprimido meu caminho é mais lírico,

Mais suave e mágico para por em letras

E sempre tive um desejo imenso de ser poético

Mas por quê? Não vou me explicar,

Vou colocar uma bomba nas idéias alheias

Eu me explodo, me elimino, gosto de sofrer um pouco

Eu caminho eternamente para a dor,

Pois no fundo eu pareço mais elegante,

Mais difícil de entender por aí

E sempre quis ser complexo e indecifrável

E como? Não sei como fazer,

Seja lá o que eu tenho que fazer para continuar doendo

Eu faço!

Lauryn Hill


A alguns dias eu tive a sorte de assistir ao show dessa grande artista que é Lauryn Hill. Uma voz potente, combinada com suas rimas fortes e canções ora belas e introspectivas, ora dançantes e fortes. Lauryn começou sua carreira musical no incrível grupo The Fugees, que, ao mesmo tempo, fazia um Hip-Hop autoral e releituras de grandes canções. Foi assim com a música que talvez seja o maior sucesso do grupo, "Killing Me Softly with His Song", bela música eternizada na voz de Roberta Flack. Já em carreira solo, Lauryn lançou o incomparável disco 'The Miseducation of Lauryn Hill', que a tornou, talvez, a maior voz feminina dentro de todo o rap, e que também mostrou todo seu talento no Soul. Ganhou muitos prêmios e eternizou as canções "Doo Wop (That Thing)" e "Ex-Factor", dentre outras, como grandes hits. Após um hiato de quatro anos voltou com o lindo álbum "MTV Unplugged No. 2.0", um pequeno show, para poucas pessoas, em que Lauryn interpretou canções intimistas e emocionantes, apenas cantando e tocando seu violão.
Agora, doze anos depois de seu primeiro e celebre álbum solo, Lauryn reapareceu, deixando para trás seus problemas com a depressão e vindo a tona numa turnê que relê seus sucessos (tanto dos Fugees, quanto da carreira solo) de forma única, abusando de guitarras e baterias, quase aproximando seu Hip-Hop e seu Soul do Rock'n'Roll. Seu show me emocionou e também me agitou, me fez dançar e me fez pensar. Me sinto honrado de ter presenciado uma apresentação ao vivo de sua realeza Ms. Lauryn Hill.

Obs.: Muitos podem reconhecer o rosto de Lauryn por seu trabalho como atriz no filme, clássico da sessão da tarde, 'Mudança de Habito 2', onde interpreta uma personagem muito próxima da mesma. Sua carreira na atuação não foi muito além disso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pequena nota

Apenas uma pequena nota alertando a todos para não estranharem o poema abaixo. É resultado de muito pensamento meu, e, além disso, foi feito enquanto estava enlouquecido com o livro "Uivo e outros poemas" de Allen Ginsberg, grande poeta beat, cujos temas são sempre baseados no submundo das drogas e do sexo.
Talvez o poema nem assuste tanto assim, mas eu quis alertar.
Obrigado pela atenção XD

O inútil

Uma piada pornográfica sobre o cu e eu me mato de rir

Um detalhe sórdido de uma história safada e eu me inspiro a escrever um romance,

Um livro idiota que nada de bom fará ao mundo, talvez até faça algo de ruim

Eu quero aprender como é ter razão na cabeça e não ver nada numa bagunça de cores,

Mas não é possível, eu sempre vejo uma explosão sentimental, mesmo se não for nada

Não sou nada direito, não sei como ser e não há jeito de me ajeitar

Eu quero ouvir mais uma historinha sórdida e dormir em paz,

Eu quero abrir mão da seriedade deprimida e rir da merda do cocô,

Eu quero e eu preciso sobrevoar uma vida mais feliz e simples, para ver como é

E isso não significa que eu vá me deitar nela como uma cama mais macia,

Acho que gosto das coisas doloridas, imundas e dolorosas

É tudo tão mais inútil e sempre achei o inútil mais correto e interessante