Às vezes o celular tocava com uma música alta
Eu procurava faces, rostos, imagens com sua pauta
Mas no final eram mil outras pessoas, só sentia era falta
Não sabia no que mais pensar, no que me concentrar
Nem filmes do Bertolucci me faziam parar de sonhar
Saía para caminhar sem entender e sem nada para amar
A rua tinha seu ar azul escuro, cheio de sombras
Eu queria fugir do que me fazia lembrar e ter câimbras
Dizia xingamentos e palavras românticas, todas, ambas
Na verdade nada era nada, eu era só
Na verdade nada era tudo, eu era um nó
Sofrendo a falta do que não tive, que dó
O que me faltava era uma força para dizer verdades
Correr mundo, sair por aí, conhecer novas cidades
Eu continuava agarrado a velhos amores e calamidades
Na verdade nada era nada, eu era só
Na verdade nada era tudo, eu era um nó
Sofrendo a falta do que não tive, que dó
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