Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

sábado, 30 de julho de 2011

Um pequeno sonho juvenil

Sonhando como uma menina apaixonada, dançando no quarto,

Sorrindo para as paredes e berrando por bobagens,

Estática, observando de longe os outros

E desejando mudar mil coisas por todos os lugares,

Vou me agradando e desagradando alguns,

Abraçando amigos e mendigos, a mãe e a loucura,

Sem me importar com qualquer que seja o futuro,

Eu já não ligo para ele, vou pular na cama,

Colar fotografias nas paredes e ouvir música no máximo,

Milhares de enfeites, de coisinhas,

Maquiagem pela face, cabelo colorido e meus óculos escuros,

Me diga como fazer disso a realidade

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy Winehouse (1983-2011)


Não são necessárias muitas palavras para descrever os talentos dessa grande artista, mas podemos usar diversas, já que a amamos a flor da pele desde o primeiro momento em que nossos olhos caíram sobre sua face e nossos ouvidos colocaram-se a ouvir as incríveis canções que ela escreveu e cantou para nós. Amy era uma artista como poucos, um ícone para a nossa geração atual, a maior cantora do século 21, e é mais uma que nos deixa tão cedo. Neste sábado ela se juntou ao panteão de gênios que nos deixaram para ir ao outro lado, mas principalmente foi para encontrar um seleto grupo que se foi aos 27 anos, todos grandes ídolos, todos tatuados eternamente na história música, agora Amy Winehouse está ao lado de Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e, principalmente, o amaldiçoado Robert Johnson, que iniciou a dita "maldição dos 27", sina que matou e eternizou esses sete grandes nomes e muitos outros menos conhecidos. Podemos dizer agora que Amy durará para sempre, finalmente seu talento é plenamente reconhecido e esquecem-se as polêmicas e escândalos, neste momento ela é uma grande perda e será para sempre.
Estou devastado, Amy Winehouse era - com certeza - meu ídolo, posso dizer que, apesar de gostar tanto de tantos, apenas três artistas mudaram completamente minha vida, Cazuza, David Bowie e Amy. Dentre eles apenas Bowie continua vivo, perdi Cazuza antes mesmo de nascer, e agora perco Amy, ela que me fez mudar minhas opiniões, ela que me abriu os olhos para a música dos dias de hoje, ela que conseguia ser genial até nos atos escandalosos, uma mulher apaixonada, doce, inteligente e irônica, extremamente talentosa e que sucumbiu as drogas e ao álcool como fuga para sua terrível depressão. Amy, sua estrela nunca se apagará! Sentirei sua falta todos os dias, meu anjo...

"Quando vai embora,
O sol se põe.
Leva o dia embora, mas já sou adulta
e no seu próprio jeito,
no meu tom triste,
minhas lágrimas secam sozinhas..."
Amy Winehouse

domingo, 17 de julho de 2011

Your lonesome eyes

Your lonesome eyes keep shinning on my dreams

And I’ll never knows why you still looking to the ground

You’re the greatest person in this little big town

And will be always my darling, my crazy angel,

My fulltime love music, one of that Vermeer’s faces,

One of that Cohen’s songs, beautiful and sad,

Vulnerable and short, my gift to myself,

Forever underage, acting like a baby

And kissing me like that old hooker we have know

Long years ago, in Paris at night…

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Para ser comum

Na calma, olhando para o teto, com a luz no rosto

E uma musiquinha doce tocando por perto.

Quero ficar parado ali por horas, e horas a fio nem me mover,

Cantarolar junto e sentir a lâmpada iluminando minha face

Covardemente, fazendo-me sentir tão bem.

As canções estranhas combinam tanto com os cenários da minha vida,

Com os atores que interpretam por perto

E com as cenas em que eu estou próximo das câmeras,

Vou continuar escutando até meu corpo ceder

E eu cair dormindo, exaustão maravilhosa, sono bom,

Daqueles que quase nunca tenho.

Um livro na cama, eu durmo com tudo que gosto

E um filme passa na parede, acho que é tudo minha imaginação,

Porém gosto tanto, gosto tanto e não quero que suma,

Minha luz sobre meu corpo, minha cama sob o mesmo,

A musiquinha e as coisas por todos os lados,

Eu vou entrando calmamente nessa ilusão,

Para que um dia tudo pareça comum,

Pois não sou nunca comum para os outros...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nico, uma garota triste...


Musa suprema do underground, cantora de profundidade e sentimento, uma lenda que durará para sempre. A alemã Christa Päffgen começou sua carreira como modelo, fazendo sucesso por seu rosto incomum e os cabelos muito loiros, depois conheceu o artista plástico Andy Warhol e tornou-se atriz indispensável em seus filmes experimentais, em seguida Andy apresentou-a a Lou Reed e sua banda The Velvet Underground, da qual Nico participou apenas de um disco, porém lançou-a para a eternidade na história musical; cantou três faixas no álbum "The Velvet Underground & Nico" (até hoje seus maiores sucessos), lançou o disco "Chelsea Girl" logo depois, com canções de Reed, Bob Dylan, Jackson Browne e outros. Foi o início de uma carreira surpreendente, poética e ao mesmo tempo triste e desastrosa.
A partir dos anos 70 Nico viciou-se seriamente em drogas e mudou completamente sua aparência, a face doce e os cabelos loiros deram passagem a uma expressão dolorida e a cabelos negros; nesta mesma fase Nico aprendeu a tocar hamônio, um instrumento parecido com um órgão, mas que produz sons de acordeon, e começou a compor suas próprias músicas, mostrou-se uma letrista deprimida, completamente de acordo com a imagem que passava para o público. Os discos que fez nesta década e no início dos 80 são os mais complexos e intensos, digamos difíceis de escutar, mas que influenciaram dezenas de artistas, por exemplo Siousxie Sioux, Morrissey, Patti Smith e Björk.
Nico morreu em 18 de julho de 1988, vitima de um acidente em Ibiza, Espanha, quando ao ter um ataque cardíaco andando de bicicleta, caiu e bateu a cabeça; socorrida, foi diagnosticada erroneamente e morreu poucas horas depois. Deixou para trás apenas um filho, Ari, fruto de um rápido relacionamento com Alain Delon, e um legado único e maravilhoso, que será lembrado para sempre e ainda impressionará centenas de novos artistas.