Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fogo morto

Me sinto um fogo morto, frio e desaparecendo

Existe apenas um calorzinho sumindo devagar

Lembro de queimar em brasa o sentimento

De estalar numa fogueira grande e bela

Mas agora sou faísca, apagado pela chuva

Um simples orvalho me enfraquece inteiro

Faço força para sobreviver ao vento

A brisa gélida durante a noite é dura

Sob o sol de meio-dia tento crescer, mas nada

Fico como sou, como posso...

Desiludido com o mundo falso e fraco

Cheio de dores e poucos amores a respeitar

Penso, então, em aceitar e molhar-me, acabar

Finalizar com minha vida pouca, acabar com o sofrer

Me sinto um fogo morto, congelado no espaço

Sem lugar para aquecer os dedos livres

Não existe o oxigênio para me fazer crescer

Fico como sou, como posso...

Morrendo e levemente apagado, caído

A cada instante desapareço mais

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