Me sinto um fogo morto, frio e desaparecendo
Existe apenas um calorzinho sumindo devagar
Lembro de queimar em brasa o sentimento
De estalar numa fogueira grande e bela
Mas agora sou faísca, apagado pela chuva
Um simples orvalho me enfraquece inteiro
Faço força para sobreviver ao vento
A brisa gélida durante a noite é dura
Sob o sol de meio-dia tento crescer, mas nada
Fico como sou, como posso...
Desiludido com o mundo falso e fraco
Cheio de dores e poucos amores a respeitar
Penso, então, em aceitar e molhar-me, acabar
Finalizar com minha vida pouca, acabar com o sofrer
Me sinto um fogo morto, congelado no espaço
Sem lugar para aquecer os dedos livres
Não existe o oxigênio para me fazer crescer
Fico como sou, como posso...
Morrendo e levemente apagado, caído
A cada instante desapareço mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário