Diplomata do submundo que carrega montanhas nas costas
Vou andando de país em país carregando cordilheiras
E fumando baseados para deixar a cabeça solta
A mente vagueando no ar, num lugar sem fim
Livreiro numa rua do centro, aberto a meia noite
Para que prostitutas e drogados possam comprar também
Usando suas páginas para cheirar ou fumar
Passeando pelas estradas que não levam a lugar nenhum
Que correm ao invés de você correr nelas
Underground do underground, o fundo do poço
No fossa mais escura, se perdendo lá dentro, não há saída
Apenas há outra montanha que tem que ser levada aos compradores
Desbravando as cidades de asfalto e rocha para alcançar o céu
Sendo um menininho bonito para algum degenerado sexual
Eu sou o degenerado sexual mor deste universo
E os artistas são meus menininhos lindos que correm descalços
Fazendo poemas e fazendo orgasmos, poemas e mais orgasmos
Sussurrando algo de bom no meu ouvido cheio de cera
Quero abrir minha loja de artigos importados do inferno
Baby Hell, minha menina torta, ressentida com a vida monótona
Caminhe comigo por umas ruas aí
Você vai gostar de me ver ao seu lado com o Himalaia de peso
Indo até o Canadá para entregar nas mãos de poetas
A minha alma e os meus meninos que me fazem tão bem
Minha arte, minhas sensações e sensibilidades inúteis
No mundo de hoje apenas existe o homem barbado
Nojento e fétido que reza para Deus, mas não ama ninguém
Cultiva seus preconceitos e nega o amor das putas sagradas
Continuo diplomata do submundo, acabo notando
Nada mudou desde que era um pedaço de nada
Agora sou um pedaço de tudo e o que sinto é que me perdi
Não sei mais que morro que carrego, nem que problemas tenho
Baby Hell, vem me dar uma mão
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