Corrimão das vaidades sou eu
Recorrendo às manias e aos trejeitos
Para escapar de um lugar comum tão indesejado
Por fim, acabo caindo na melancolia
Nada tão melodramático!
O puro sentimentalismo barato!
Devoro a minha imortalidade
Assim, escondido na solidão,
Eu pareço um tanto mais imortal
Explodo os fogos de artifício da minha mente
Para que nasça alguma inteligência
Algum sentimento realista
Um lirismo bonitinho para um poema!
Mato os eus, destituo a individualidade
Todos deveriam ser tudo
Numa coisa só, num grupo único
Pessoas que pulam no mar azul;
Mas gostam mesmo é da dor da prosa,
Da poesia, literatura completa
Ler livros aonde todos sofrem, morrem, implodem;
Mas por fim acabam gargalhando
Eu sou uma caixa de maquiagens
Maquilando lágrimas para que fiquem exatas
E como na matemática caibam num poema
Meu Deus, nada tão horrível quanto à fé
Pena que a tenho exalando do meu corpo
Crendo em todas as religiões
Chorando por aí por medo de morrer
E querendo morrer a cada minuto!
Eu brilho pelos caminhos que tomo
Uma lamparina suja, que faz luz de sua escuridão
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