Boas Vindas

Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Para morrer

Adentrando na noite, dirigindo o carro por aí

Procurando um lugar mais confortável para morrer

Alguma casinha escura, com um colchão e você em cima

Deitado do seu lado, tão mais adorável é sumir

Desaparecendo enquanto sussurra uma bela canção

Uma menina e um menino, as luzes da rua,

O uivo de um cachorro em algum lugar por ali

Nada mais, só o silêncio, só as coisinhas

Um perfume em sua pele e o cheiro do bolor

Desse colchonete tão agradável de deitar

Eu queria tanto iluminar essa sala escurecida

E dançar com você uma valsa qualquer,

Mas agora estou tão confortável com essa solidão

Uma solidão assistida, sob seus olhos estou

Deixei de ser qualquer coisa que vale a pena

Para ser um doente terminal aqui com você

Encontrei nesse lugar tão incomum algo perfeito

Uma lágrima que escorre na sua face, fugindo

Descendo seu rosto até a ponta do queixo

E pingando em meus olhos por fim, que felicidade

Vou findar com algo vindo de ti, lave meu rosto

Quero não precisar mais acordar nesse lugar

Vou dormir, vou sonhar que tudo se retomou,

Mas fora de mim ainda estará aquela rua comprida

E bem lá no fim a casa velha em que estamos

Eu com a cabeça em seu colo, de olhos fechados

Como é adorável morrer aqui ao seu lado

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