Eu me perdi nas linhas frágeis em que escrevo
Eu me encontrei naquele fácil novo emprego,
Mas nada me satisfez, nada me refez e nada aconteceu
E você ali, nada fez, você nem falava francês e nem me amorteceu
Quando eu caí daquele prédio de dois mil andares
Eu me destruí no chão de rocha longe dos sete mares
Ah, como eu queria ver o mar e navegar para longe,
Ah, tudo parece tão mais fácil quando se está longe,
A dor a gente agüenta, a gente aceita, a gente sente
A dor que é tão lenta, a gente aceita, a gente nunca mente
Que tudo está bem, pois nada está no seu devido lugar
E eu não sei como tudo caiu da mesa e foi parar no mar
Eu não sei, eu não sei, eu não sei...
Eu só sei dizer algumas palavrinhas em francês
E dormir quando o sol está nascendo bem ali, nos Alpes...
Eu me cobri nos tecidos mágicos em que durmo
Eu me descobri naquela certa hora do meu turno,
Mas nada me brilhou, nada eu sou e nada me transformou
E você ali, me achou, você chegou e me abraçou, me adormeceu
Quando eu caí num sono profundo de mil horas
Eu me reconstruí de todos esses “vou embora”s
Ah, como eu queria ver o mar e navegar para perto,
Ah, tudo fica tão mais calmo quando você está por perto,
A dor a gente agüenta, a gente aceita, a gente chora
A dor que é tão lenta, a gente aceita, a gente vai lá fora
E diz que está tudo bem, e tudo parece estar em seu lugar,
Eu não sei como tudo se ajeitou, se refez e voltou do mar
Eu não sei, eu não sei, eu não sei...
Eu só sei dizer algumas palavrinhas em francês
E dormir quando o sol está nascendo bem ali, nos Alpes...
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