Boas Vindas
Boas vindas a quem chega a esse blog. As coisas escritas aqui são frutos da mente poética, depressiva e inconstante de uma pessoa que é muito jovem para sentimentalizar tanto as coisas.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Zooey Deschanel, a cantriz mais meiga do mundo
terça-feira, 29 de junho de 2010
Xingamentos e depois você
Soluçando, soluçando, soluçando
Toda hora, toda hora, toda hora
E eu xingo o mundo de merda gigantesca
E eu xingo o mundo de bosta, de inferno
Mas depois de alguns minutos estou calado
Olhando a paisagem, contemplativo
Chorando, chorando, chorando
Agora e depois, agora e depois, agora e depois
Eu quero ver o que acontece
Preciso ver seus sorrisinhos infantis
Como é eterna a sua capacidade de causar sorrisos
Quando vejo, já não me lembro
Não me lembro do soluçar, das horas,
Dos xingamentos, da paisagem, do eu contemplativo,
Do chorar, do agora e do depois
Eu fico olhando seu olhar, seu falar, seus olhinhos
Quero te ver mais, por favor
Hal Hartley
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Originalidade nos dias de hoje
Preto e branco
Comecei a pensar em preto e branco
Eu já sonhava sem cores, agora só me falta perdê-las na visão
Eu não tenho vida na imaginação
Tudo o que vem, vem um pouco triste
Tudo que vai, vai da maneira mais poética
Vou perdendo tudo de forma bonita, beleza só para a solidão
Só para o que perdemos, só para esconder sorrisos
Os sorrisos me saem fácil, mas são vazios
Risadas, abraços e olhares são eternos em mim
Mas dificilmente terão a força que necessitam
Eu amarei a todos o máximo que puder, mas nunca o suficiente
Pois apenas amo quem não existe, quem não sabe que eu existo
Derramo amores e mais amores em fotografias
Para quem está a minha frente sobram apenas delicadezas
Pelo menos as minhas delicadezas ainda têm um pouco de beleza
Resgato um pouco a complexidade dos sentimentos
Para dar aos que querem isso de mim
E é tão estranho que eu seja todo sentimento,
Mas não consiga fazer com que apareçam com grandeza
Apenas aqui, nesse pedaço de papel, consigo
Consigo que tudo me venha, toda verdade que guardo
Por aqui tenho a facilidade de abrir meus espaços,
Minhas gavetas, meus buracos negros
Aonde, lá no fundo, talvez ainda exista alguma cor
Quando a Itália invadiu Hollywood
Assinado: Eu!
Eu autografei meu nome na sua testa
Meio que tatuando minha existência em você
Com cores fortes e muito preto, cheio de dor
Pois sou um pedaço feito de dor
Que retiraram do mundo porque é inexato
Só ficou o que era notável
Minhas palavras, meu nome, um tantinho de arte
Um pó de literatura que eu cheirei
Uma droga que cresce dentro de mim
E eu acabo tão bom que fico terrível
Vermelho, envergonhado
Marquei um carimbo entre seus olhos
Porque eles são tão lindos que não posso tocá-los
Colori apenas o vazio entre eles
A marca diz meu nome, e um poeminha
Um haicai que me pareceu adequado
Pois eu não sou adequado a nada
Apenas a sua existência, estando ao seu lado
Às vezes acho que você irá embora e me esquecer
Por isso tento desesperadamente te explicar
Escolher coisas e mais coisas que te signifiquem
Sua cor, sua flor, sua fruta e sua estrela,
A música dos Beatles que mais me lembra você,
Assim você lembrará de mim quando vir essas coisas
Ou quando ouvir essa música
Todo dia vou autografando uma parte sua
Sua perna já tem um pouco de mim
Como seu ventre e sua barriga, suas mãos
Eu assinei um pouco de mim nelas
Ejaculei meus pensamentos na sua pele macia
Ao som dos violinos, violas e bandolins
Será que você consegue agora saber de mim?
Estou todo jogado em você, em seu corpo eterno
Você consegue ler? Consegue adormecer e se lembrar?
Te deixo , então, sem saber, esperando que leia
--------------------------------------------------------------Assinado: Eu!
terça-feira, 22 de junho de 2010
As senhoras música brasileira
Talvez os dois maiores nomes da música brasileira. Duas senhoras cantoras, Maria Bethânia e Gal Costa têm suas trajetórias interligadas, pois são amigas da juventude e cresceram no sucesso lado a lado. As duas e os compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso uniram-se para formar o grupo Doces Bárbaros, uma comemoração por dez anos de carreira solo dos quatro integrantes. Coloco aqui uma música que me emociona muito, cantada por essas duas grandes artistas brasileiras, “Esotérico”. Que começa com uma frase que fica se repetindo em minha cabeça: “Não adianta nem me abandonar...”.
Um pouco de mim
Aonde foi? Aonde vai?
O que eu faço por aqui?
Minha realidade se mistura na ficção
Eu nem sei mais se tenho alguma realidade
Sou feito dos poemas que escrevo
E tenho como meu dia-a-dia o dia-a-dia dos livros,
Dos filmes, e das canções complexas do folk
Eu não sei aonde fui! Eu não sei aonde vou!
Eu não sei o que faço por aqui!
Meu presente é sempre algo meu
Eu não tenho passado e não sinto a brisa
Sou feito de cada personagem sensível que crio
E tenho o tempo que eles têm para respirar
Quando fecho suas paginas é como se não existisse
Fechei os olhos e fechei o pensamento
Não fui e nem vou a lugar nenhum
Estou aqui delicado esperando alguém me achar
Pois não sei aonde estou, não sei porque estou aqui
Beijei meus dedos dos pés para poder andar na luz
Preciso enxergar o caminho para voltar para casa
E só vou voltar se novamente abrir meu poema
Colocando nele mais um pouco de palavrinhas minhas
Jogando um pouco de mim no mundo
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A fada islandesa
Björk é considerada uma das maiores mentes criativas do mundo, também tendo entrado em várias listas de gênios vivos, como uma das únicas representantes da música. Esta cantora islandesa me impressiona completamente, me causando diversos tipos de sentimentos: admiração, sensibilidade, paixão, inveja. Sou fascinado principalmente por três de seus discos,Debut (1993), Post (1995) e Medúlla (2004), que foram se superando pouco a pouco. Björk também trabalhou como atriz no magnífico filme “Dançando no Escuro” do polêmico e talentoso cineasta Lars Von Trier, dessa experiência vieram vários prêmios, Cannes de interpretação feminina, indicação ao Globo de Ouro de atriz – drama, e indicação ao Oscar de canção original:“I’ve Seen It All”, cantada no filme. Seu currículo musical também conta com treze indicações ao Grammy, e três prêmios ganhos no MTV VMA, dentre outros. Coloco aqui a baixo uma das suas canções mais incríveis, “Oceania”, do álbum Medúlla que inovou ao não usar instrumentos, apenas sons da boca: vozes e beatbox.
Eterno
Guiei as palavras e de tanto guiá-las me tornei um poeta
Encontrei seus pares perfeitos numa linha de caderno
E por isso desencadeei uma cachoeira incorreta
Amei mil pessoas com que nunca falei, fui ao inferno
Acabei sonhando um sonho um tanto careta
Eu chorava na chuva, na neve, em pleno inverno
Em busca de uma paixão um tanto mais concreta
Acordei e voltei ao meu poema raro, ultramoderno
Ali eu era outro
Ali eu não estava disposto
Ali eu sonhava com o suposto
Ali eu encontrava o meu oposto
Ali eu era o poeta, o deus
Ali eu abraçava os meus
Eu rompia na noite e me dizia eterno
domingo, 20 de junho de 2010
...Nas nuvens
Sou muito fã dos filmes de Wong Kar-Wai, cineasta de Hong Kong. Desde a primeira vez que vi um de seus trabalhos, Amores Expressos, me apaixonei por sua inigualável câmera lenta, sua delicadeza de imagens e pela bela trilha sonora que as acompanham. Mas estou aqui para falar de seu filme mais recente, - e também o primeiro em língua inglesa – Um Beijo Roubado. Primeiramente devo lembrar-me do ótimo elenco, Jude Law, Norah Jones, Rachel Weisz, David Strathairn e Natalie Portman, que trabalham sempre mostrando muito talento. Assisti ao filme no cinema e vi uma pequena nota crítica dizendo “Saí do cinema nas nuvens! Esse beijo vai entrar pra história!”, só o que posso dizer é que concordo. A cena final se cravou na minha memória, ainda vejo o delicado e lento beijo agora. Para mim é uma cena memorável que sempre será lembrada quando forem mostrados grandes beijos cinematográficos. Assistam, com certeza se apaixonarão pelo filme e pelas delicadas canções da protagonista Norah Jones e também de Cat Power, que faz uma pequena participação no filme.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Baby Hell
Diplomata do submundo que carrega montanhas nas costas
Vou andando de país em país carregando cordilheiras
E fumando baseados para deixar a cabeça solta
A mente vagueando no ar, num lugar sem fim
Livreiro numa rua do centro, aberto a meia noite
Para que prostitutas e drogados possam comprar também
Usando suas páginas para cheirar ou fumar
Passeando pelas estradas que não levam a lugar nenhum
Que correm ao invés de você correr nelas
Underground do underground, o fundo do poço
No fossa mais escura, se perdendo lá dentro, não há saída
Apenas há outra montanha que tem que ser levada aos compradores
Desbravando as cidades de asfalto e rocha para alcançar o céu
Sendo um menininho bonito para algum degenerado sexual
Eu sou o degenerado sexual mor deste universo
E os artistas são meus menininhos lindos que correm descalços
Fazendo poemas e fazendo orgasmos, poemas e mais orgasmos
Sussurrando algo de bom no meu ouvido cheio de cera
Quero abrir minha loja de artigos importados do inferno
Baby Hell, minha menina torta, ressentida com a vida monótona
Caminhe comigo por umas ruas aí
Você vai gostar de me ver ao seu lado com o Himalaia de peso
Indo até o Canadá para entregar nas mãos de poetas
A minha alma e os meus meninos que me fazem tão bem
Minha arte, minhas sensações e sensibilidades inúteis
No mundo de hoje apenas existe o homem barbado
Nojento e fétido que reza para Deus, mas não ama ninguém
Cultiva seus preconceitos e nega o amor das putas sagradas
Continuo diplomata do submundo, acabo notando
Nada mudou desde que era um pedaço de nada
Agora sou um pedaço de tudo e o que sinto é que me perdi
Não sei mais que morro que carrego, nem que problemas tenho
Baby Hell, vem me dar uma mão
Um toque de neo-realismo em mim
terça-feira, 15 de junho de 2010
Verso morto
Estou a quilômetros de onde você está agora
E meu sentimento morre, afogando-se no não ter-te aqui
Eu me desencontro, corro em círculos numa rua reta
Acabo me perdendo de propósito, por raiva de tudo
Desaprendo como sorrir e desejo fazer o mesmo com o respirar
Para dar um fim a vida apodrecida que levo desde então
Nine, um musical com grande elenco
domingo, 13 de junho de 2010
E vou me rotulando
Eu me rotulei de pessoa insana e nefasta
Tudo para que olho tem um rosto delicado
Andam por aí com passos característicos
Eu presto atenção em todos os seus detalhes
Eu me rotulei de pessoa que não tem razão
Pessoa que pensa apenas por meio de lágrimas
Que age por meio da depressão
E que foge para um buraco que facilita tudo
Aonde possa ver pessoas adoráveis
É impressionante como delicadeza me acalma
É impressionante como tudo me preocupa
E é tão triste que eu precise de abraços
Quase todo o tempo eu vagava
E o espaço no qual andava era pequeno
Minúsculo na verdade, um quarto, uma sala
Eu me rotulei então de solitário, excêntrico
Porque não saía mais de casa
Cristal nos olhos
Pensamento desajustado na cabeça sorridente
Soltando palavrinhas em inglês e rindo
Sua face mais alva do que o céu nublado
Aquela luz branca que desce transcendental
Um farol azulado, com cristal nos olhos
Cheios d’água, e com dentes que brilham
Sob os lábios rosados e sob o sol
Cigarro na boca infantil, irrealidade
A mais real delas, exposição de fotos
Gosto de fumaça, gosto de saliva
Quente como quentura tropical, vento
Aquele que assopra com veemência
Misturo tudo de uma maneira incrível
Pois procuro no escuro aquela pequena voz
Risadas nuas, cruas, deliciosas demais
Agarro meus braços nos seus que gritam
Pele, pele e tudo, ouvindo ao pé do ouvido
Como aquela manhã que anoiteceu
Foi surreal, sua expressão de insanidade
Aquele brilho nos olhos que inigualava
Desejo e loucuras, subindo e descendo
Enxugando com a boca o seu suor
Transcrevendo o que sinto na sensação
Relembrando as idéias mágicas do subconsciente
sábado, 12 de junho de 2010
Hurt, o último adeus de Johnny Cash
Vulgar
O que há de tão estranho em achar poesia no vulgar?
Pois por entre suas pernas abertas
Vejo as belezas de seu rosto iluminado
Pelos caminhos longilíneos de sua coluna
Encontro o final brilhante que são seus olhos
O que há de tão estranho no lirismo da minha pornografia?
Pois são nos toques das peles úmidas
Que achamos o encontro feito de sensações
Caminhando pelos contornos belos de seu corpo,
É ali que eu encontro o que é angelical
O que há de tão bonito num casal que não se possui?
Para Burroughs e Basquiat
Os velhos amores novamente
Revendo as coisas, hoje me sinto um tanto mais feliz
Pude ver meus velhos amores com olhos mais delicados
Pois meu fulgor está acalmado, minhas loucuras mais sãs
Minha depressão está mais alegre, mais suavizada
Vi suas faces que foram mudando e fiquei mais vivo
Uma ponta de alegria foi subindo e eu me restabeleci
Foi como ver de novo pela primeira vez
Encantado pelas suas delicadezas uma vez mais
Reencontrei os maneirismos que tanto adorava
E os detalhes em seus rostos que me fascinavam
Meus dias já eram um tanto monótonos
Agora sinto aquela pequena luz adentrando a janela
Vejo as lembranças enchendo minha cabeça
Vejo cada coisinha do jeito que era
E como era bonito, como eram perfeitos
Como os achava notáveis em seus movimentos
Agora está tudo tão mais calmo, mas uma calmaria encantadora
Eu procuro, finalmente, o sono
Porque creio que conseguirei ter bonitos sonhos dessa vez
Ver meus velhos amores uma vez mais
Adicionando a minha mente mais coisas lindas
Mais detalhes que embelezam minha memória
sexta-feira, 11 de junho de 2010
A eterna cigarra
“Porque você pediu uma canção para cantar, como a cigarra arrebenta de tanta luz, e que enche de som o ar... Porque a formiga é a melhor amiga da cigarra, raízes da mesma fabula, que ela arranha, tece e espalha no ar...”. Simone Bittencourt de Oliveira, uma das grandes vozes da música brasileira, e também, uma das minhas favoritas. Foi uma das expoentes da MPB nos anos 70. Lançou sucessos como “Começar de Novo”, “Jura Secreta” e “Cigarra”, citada acima. Simone entrou na minha vida por meio de minha mãe, que na juventude a tinha como cantora favorita. Eu, ao buscar antigos LPs da família encontrei-a ali, entre composições clássicas e discos de Rock. Logo me apaixonei por sua potência vocal e seu adorável sotaque baiano, por seus cabelos longos e cheios e por sua altura e portes atléticos. Tive a sorte de, há pouco tempo atrás, vê-la ao vivo. “Essa canção é para cantar como a cigarra acende o verão, e ilumina o ar... Si, si, si, si, si, si...”
Coisas que faço sem querer
Involuntariamente eu começo a me jogar
Começo a me chocar nas paredes do mundo
E a sofrer de dores intermináveis
Minhas dores internas, facadas no meio da mente
Cortando as idéias, perfurando a imaginação
Raramente eu me deixo sair ao sol
Tenho medo de uma insolação destruidora
Que me faça mais louco do que já sou
Queimando meus debilitados neurônios
Tornando-me carne inerte, sangue e água
Vulneravelmente fico despido das roupas do corpo
Nu num grande salão gelado, frio e nevando
Começo a congelar minhas naturalidades
Minha pele vai se queimando toda no gelo
E eu fico podre e gangrenado na rua
A poesia bêbada de Tom Waits
Construindo
Eu fui construindo e construindo e fui indo e fui indo e achei tudo tão mais lindo
Era o céu, era um véu, eu estava ao léu e no meu quartel tudo era mais e mais e mais
Desconstruí o que já vi ali, reconstruí, pois tudo é tão lindo repetindo e construindo
Minha vidinha era sozinha, mas o luar brilhava alto, andava de salto, sorria num palco
Eu e o que era meu caminhando contra o pranto, de tanto em tanto me achando santo
Fui sorrindo por aí, cantando em si as músicas tão musicais e tão banais que ouvíamos
Me encontrei com um pequeno rei e de sorriso em sorriso me achei sobre o piso
Jogado no chão, sem nenhum arranhão, só com o sentimento pagão aflorando
Adorava-o, amava-o, sentia-o, deixava-o fazer o que queria, o que sentia aqui em mim
Beijando e tocando ia percorrendo os milímetros de pele que via e que sabia desejar
Construindo meus momentos, traindo meus talentos e seguindo frio pelo vazio
O frio som e a lagoa dos olhos
Frio som que chega aos meus ouvidos
Não é a voz que me aquece, é algo sem vida
Penso que é o espírito das dores desse meu mundo
De um jeito particular retiro-me de mim mesmo
Transformo o meu ser numa rocha, pedra parada
Assim não posso ouvir essas vozes que me fazem mal
Água profunda, lagoa dos olhos que desejo ver
Creio eu que esse olhar tem vida própria
Afasta de mim o frio som e me protege
Suando o suor salgado que é o meu
Nara
Fogo morto
Me sinto um fogo morto, frio e desaparecendo
Existe apenas um calorzinho sumindo devagar
Lembro de queimar em brasa o sentimento
De estalar numa fogueira grande e bela
Mas agora sou faísca, apagado pela chuva
Um simples orvalho me enfraquece inteiro
Faço força para sobreviver ao vento
A brisa gélida durante a noite é dura
Sob o sol de meio-dia tento crescer, mas nada
Fico como sou, como posso...
Desiludido com o mundo falso e fraco
Cheio de dores e poucos amores a respeitar
Penso, então, em aceitar e molhar-me, acabar
Finalizar com minha vida pouca, acabar com o sofrer
Me sinto um fogo morto, congelado no espaço
Sem lugar para aquecer os dedos livres
Não existe o oxigênio para me fazer crescer
Fico como sou, como posso...
Morrendo e levemente apagado, caído
A cada instante desapareço mais